Pressão alta é cada vez mais comum em crianças e adolescentes

Um problema de saúde tão comumente associado aos adultos e aos idosos é a hipertensão arterial, a tal famigerada pressão alta. Porém, nos últimos anos, o Ministério da Saúde tem observado que ela está cada vez mais presente na vida dos mais jovens.

Exemplo disso é que os dados do próprio ministério mostram que a doença afeta um a cada quatro brasileiros adultos. Enquanto isso, no final de 2020, são mais de três milhões de crianças e jovens brasileiros, entre 3 e 18 anos de idade, sofrendo com essa comorbidade.

Segundo o médico cardiologista Dr. Roberto Yano, a obesidade tem aumentado de forma expressiva em esfera mundial. “Além dos péssimos hábitos alimentares, os mais jovens também foram obrigados pela pandemia a passar mais tempo em casa, sem poder se exercitar ou brincar em espaços maiores. Isso certamente tem reflexo no crescimento destes números”, analisa.

Um dos graves problemas da hipertensão é que, além de ser uma doença silenciosa, quando não é descoberta a tempo, pode trazer uma série de consequências. “Quando a pressão arterial está descontrolada, a pessoa corre o risco de sofrer um infarto agudo do miocárdio, um AVC e de apresentar insuficiência cardíaca no futuro”, observa Dr. Yano.

Para as crianças de 1 a 13 anos, deve-se manter a pressão arterial abaixo do percentil 90 para idade, sexo e altura. Já as crianças acima de 13 anos o ideal é que se mantenha a pressão abaixo de 120×80 mmHg. “No caso dos idosos, eles podem tolerar valores um pouco mais elevados do que estes jovens”, pondera o médico.

Mudança de hábitos é fundamental

Que a pandemia reforçou a necessidade de isolamento físico e distanciamento social não é segredo para ninguém. Porém, Dr. Roberto Yano acredita que ainda assim é possível controlar os níveis pressóricos e evitar que a pressão alta traga prejuízos para a saúde dos jovens.

Para reverter este quadro, o cardiologista recomenda uma profunda mudança de hábitos: “Todo mundo sabe que os jovens adoram os fast-foods ou pedir algo por aplicativos de comida. Mas, nessas horas o indicado é manter uma alimentação saudável, com pouco sal, por exemplo. Pode não ser saborosa para o paladar do jovem como um junk-food, mas seguramente vai fazer a diferença para a saúde”.

Além disso, “aproveite o espaço em casa para fazer um exercício físico. Não adianta ficar sentado em frente à televisão ou ao computador o dia inteiro estudando ou jogando videogame, é preciso que o corpo se sinta estimulado e isso certamente evitará sérios problemas na fase adulta”, completa o médico.

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