Dia da Natureza: que males a poluição das grandes cidades e falta do ar puro podem trazer ao coração?

O Dia da Natureza foi celebrado nessa terça-feira (04). Neste dia, muito se fala sobre os benefícios de vivermos em áreas com mais verde e longe das grandes urbes. Um dos pontos mais negativos das grandes cidades é a poluição. Segundo um artigo científico publicado pela revista Nature Reviews Cardiology, em 2020, a poluição do ar é o fator de risco ambiental mais importante para doenças cardiovasculares. No Dia da Natureza, celebrado nesta terça-feira (04), é importante fazermos uma análise de que riscos a falta do ar puro pode trazer ao nosso coração.
Isso foi o que fez o cardiologista e especialista em marca-passo Dr. Roberto Yano. Segundo ele, a poluição do ar está relacionada a porcentagens significativas de problemas de saúde no mundo. O material particulado liberado na poluição, promove um estresse oxidativo no organismo, além de uma inflamação sistêmica, contribuindo para o aumento de casos de infarto, derrame cerebral, insuficiência cardíaca, doenças pulmonares, entre outras.
“O pior é que a poluição lesa silenciosamente. Para a saúde do coração, a poluição do ar costuma ser até mais prejudicial para pessoas que já têm doenças crônicas estabelecidas, como a aterosclerose por exemplo, que é o acúmulo de gordura no interior das artérias. A poluição pode causar instabilização, com ruptura da placa em um vaso sanguíneo, desencadeando um infarto agudo do miocárdio ou um acidente vascular encefálico. A poluição também pode ter efeitos inflamatórios no coração, causando problemas cardiovasculares crônicos”, mencionou.
Segundo Dr. Yano, é necessário também compreender que mais grave do que a exposição natural à poluição, é o contato com esses poluentes por períodos prolongados. “Se você se expõe o dia inteiro à poluição do ar, algumas atitudes podem minimizar os impactos negativos disso. Uma delas é manter-se bem hidratado. Fique atento a lábios e olhos, se estão muito secos. Isso pode ser um sinal da desidratação que pode estar sendo causado por essa exposição maior a esses gases”, finalizou.